Primeira viagem solo
A minha primeira solo trip (depois de estar morando aqui nos EUA) foi em Maio de 2017. Uma amiga havia me encorajado a viajar solo, mesmo ela nunca tendo feito isso na vida. A bonita achava que seria bom pra mim — e foi! 😍 Eu, sedenta por coisas novas, decidi viajar para Porto Rico, que é parcialmente parte dos EUA. Escolhi o lugar por ter a impressão de ser seguro o suficiente para minha estréia ao mundo das viajantes solo.
Eu fiquei 8 dias na ilha Caribenha e foi fantástico. Depois de ler muitas reviews de muitos outros blogs eu optei por ficar uma noite em San Juan e no outro dia pegar um voo para Culebra.
Confesso que fiquei aflita, principalmente por ter optado por ficar em um hostel pela primeira vez. O lugar era bem hippie, tanto que eu não consegui entender o conceito e acabei não me abrindo tanto para as oportunidades. As pessoas foram bem hospedeiras e fui muito bem recebida, mas achei o lugar muito roots (rústico) pra mim. Acabei ficando super feliz de estar indo para outra ilha no dia seguinte. Mas tive muito medo de não me adaptar à ideia de dormir em hostels!
Essa má impressão passou quando fui para o segundo hostel, fiz muitas amizades, e consegui me conectar melhor com o ambiente. Acho que a partir do segundo dia dormindo em quarto compartilhado as coisas começaram a fazer mais sentido e fui me adaptando melhor.
Uma coisa que ninguém vai conseguir te explicar sobre viajar sozinha é o quão responsável você precisa ser quando está solo. Absolutamente tudo o que acontece ao seu redor e o tipo de pessoas que você atrai é responsabilidade sua. Ter o poder de decisão nas minhas mãos o tempo todo é desafiador, mas também libertador.
Nas minhas experiências, as pessoas estavam sempre dispostas a me ajudar. Sério, eu me surpreendi! Existem muitas pessoas boas no mundo. Em um dos dias na ilha de Vieques, o dono do bar me livrou de um cara chato que estava no meu pé. Outro dia, eu conheci um pessoal em Culebra, por exemplo, e nos reencontramos em uma outra cidade onde dividimos um quarto de Airbnb. Ficou super barato pra todos! Sem contar que os nativos estavam (em sua maioria) muito receptivos e gostavam de ajudar com dicas de lugares e comidas.
Antes de embarcar nessa aventura estive pensando o quão solitária essa viagem seria e o quanto eu sentiria falta de conversar com alguém, dividir aqueles momentos. A realidade é que eu não precisei de pessoas conhecidas para fazerem aquela viagem inesquecível. Mesmo nos primeiros momentos eu já me senti muito bem recebida e até mesmo incluída em todas as atividades que os hostels faziam. Claro, hoje com mais vivência eu entendo que existe uma lógica por trás de tudo. Os hostels recebem voluntários que trabalham somente com recreação. Então raramente você ficará de fora de qualquer atividade.
Concluindo, acredito que todo mundo deveria, pelo menos uma vez na vida, ter essa experiência de autoconhecimento e de cuidado. Se você é mulher, isso vai ser um dos passos mais libertadores que irá tomar na sua vida! Eu espero que você tenha a coragem de adicionar essa aventura à sua lista de sonhos, e espero que um dia esse sonho se transforme em um de seus inúmeros passos.